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"Trocaria as muitas horas de jogo por horas ao lado do meu amado pai "

Videogame: da distração do dia a dia ao vício; quando a brincadeira se torna dependência.


(Foto:Taiane Avalos)


O universo dos jogos de videogame está constantemente ganhando novos adeptos, sejam eles crianças, adolescentes ou adultos atraídos por um objetivo em comum: a diversão. Mas, muitas vezes, essa distração com os diferentes tipos de jogos e aplicativos acaba se tornando uma dependência e a pessoa automaticamente passa a ignorar o ambiente ao seu redor.

Segundo o psicólogo de Sorocaba, Simão Neto, 34 anos, na maioria dos casos o indivíduo não compreende que o jogo está se tornando uma dependência: "Mesmo quando acontece da pessoa entender que está passando por um problema de vicio, podemos ver que ela está em uma situação mais avançada."

De acordo com um estudo publicado pela revista Neurology Now, o excesso de produção do hormônio dopamina pelo cérebro é alto suficiente para desativar o córtex pré-frontal, a região responsável do cérebro ligada a tomada de decisões, julgamentos e autocontrole. Isso influencia os jogadores a perderem um pouco da noção de tempo e acabam deixando de lado outros compromissos, como trabalho ou estudo.


O vício pode trazer muitas vezes outros problemas, como no relacionamento com a família, amigos e até mesmo no trabalho. O estudante de metrologia de Boituva, Rodrigo Rodrigues, 21, relata que já levou alguns puxões de orelhas por jogar demais e que já passou mais de 12 horas em frente ao videogame.

Existem casos que as pessoas chegam a gastar seus salários, economias em jogos. Rodrigues comenta que já chegou a gastar R$ 800,00 reais por mês, muitas vezes utilizava o dinheiro que recebia de seus pais para os jogos. "Já usei dinheiro que ganhava pra me alimentar fora, eu almoçava ou jantava em casa só para guardar o dinheiro."


O psicólogo afirma que o vício pode levar ao isolamento e nos casos dos games tem um agravante essencial que são os multiplayers, um tipo de aplicativo que dá a falsa sensação de relacionamento social onde a pessoa interage e conversa com outras a distância, é uma forma de comunicação e relação virtual." Isso faz com que a pessoa perca o trato social ao vivo, trazendo cada vez mais a um isolamento, mesmo que ela fale e tenha muitos amigos on-line."

"Sempre me isolei mas não foi necessariamente pelos jogos, na verdade eles foram uma maneira de me isolar e evitar contatos com pessoas que eu não queria, ou festas, encontros, baderna." Rodrigo comenta também que prefere ficar em sua casa jogando ao invés de sair." Eu sou mais reservado, tranquilo e caseiro mesmo, porém trocaria as muitas horas de jogo por horas ao lado do meu amado pai."


Neto afirma que todos os tipos de vícios trazem algum

tipo de distúrbio de comportamento, como: depressões,

fobias e ansiedade. (Foto: Arquivo pessoal)



Quando confirmando o vício a pessoa, ou responsável, quando menor de idade, deve procurar ajuda e orientação de profissionais como psicólogos ou psicanalistas. Em casos crônicos, a psiquiatria. Quando se reconhece sozinho a necessidade de mudar seus hábitos, com força de vontade a pessoa consegue estabelecer limites e regras para controlar o vício. "Como usar e quando usar os jogos são fundamentais. Limites de horas ou de conduta são muito indicados para manter o uso dos games em níveis aceitáveis." explica Neto.

Para Rodrigues jogar é uma delícia, considera gostar bastante porém reconhece que o vício é uma doença e é necessário ser tratada o quanto antes. "Nossa vida não é como um jogo pra dar pause, reset ou ter 10 vidas pra perder. Aqui é o agora só acontece uma vez. Temos pessoas importantes e amadas esperando por momentos bons." Rodrigues acrescenta que os jogos devem ser apenas uma experiência para lidar com a vida aqui fora.


"Eu nunca jogo controlando meu tempo" Rodrigues comenta em relação ao seu tempo em frente ao videogame. (Foto: Arquivo pessoal)

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