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"Eu era muito agitada e nervosa, então o cigarro se tornou uma válvula de escape"

  • Catarina Mosquete
  • 21 de abr. de 2015
  • 3 min de leitura

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Cuidado. O cigarro é um grande vilão. Todo ano ele causa

mais de cinco milhões de mortes no mundo, de acordo com a OMS.


O tabagismo é considerado a maior causa isolada e evitável de doenças e mortes no mundo pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Sua fumaça possui cerca de 7000 elementos químicos, mesmo assim, cerca de 2 bilhões de pessoas no mundo fumam.

Isso porque a nicotina, um dos componentes do cigarro, causa dependência. Segundo Drauzio Varella, médico oncologista, quando um indivíduo fuma regularmente seu corpo pede nicotina e na falta dela surge a ansiedade e é difícil se concentrar em qualquer tarefa, por isso não é fácil se desligar do tabaco.

Sérgio Santos, jornalista de 43 anos fuma desde os 16 e diz que já tentou parar várias vezes, sem sucesso. "Parei por cinco anos, mas aos 26 voltei. Já fiz simpatia, tomei produtos para gargarejo, chupei pastilhas, tomei comprimidos, mas não consegui parar". Sérgio já chegou a fumar 40 cigarros por dia.

"Nos anos 80 era charmoso fumar. Nas festas todos fumavam e na TV as mais belas propagandas eram as do cigarro. Fui, de certa forma, influenciado por uma série de fatores, entre eles, amigos que fumavam", conta o jornalista.

Segundo o médico clínico geral Claudio Francisco de Oliveira, 64 anos, têm pessoas que fumam quando querem e param quando querem. O fato é que o tabaco causa uma dependência e funciona de forma diferente em cada indivíduo, isso porque cada organismo elimina a nicotina numa frequência diferente. O álcool, por exemplo, faz com que a nicotina se dissolva com maior facilidade, levando a pessoa a fumar mais.

"Eu era muito agitada e nervosa, então o cigarro era uma válvula de escape", diz a artista plástica e reflexoterapeuta, Elisabete Mazzer, 58 anos. Ela fumou por mais de 15 e diz que só parou quando precisou, por questão de saúde, "quando meu primeiro filho estava com 10 anos, eu resolvi voltar a fumar de verdade e o meu marido não deixou. Ele disse 'se você voltar a fumar, vai fazer isso fora de casa'. No inverno eu fumava na minha varanda, era horrível, porque depois eu tinha que entrar e ir direto tomar banho, trocar a roupa, senão ele não dormia comigo por causa do cheiro"

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"Agora eu sinto o gostinho de cada coisa"

Foto: Catarina Mosquete


Elisabete sempre preferiu fumar longe de outras pessoas, principalmente da família, "minha mãe não suportava me ver fumando, eu tinha uma bolsa que guardava atrás da porta do meu quarto, ela ia lá, pegava o maço de cigarro, torcia no meio e deixava no mesmo lugar dentro da bolsa, eu ficava azul de ódio".

Sérgio diz que a família não o apóia, mas também não lhe atrapalha, "respeito o espaço deles e não fumo dentro de casa, aliás, em nenhum ambiente fechado e compartilhado".

Que o hábito de fumar traz consequências ruins à saúde não é segredo, Dr. Claudio afima que essa dependência pode causar uma das doenças mais temidas: o câncer, não só de pulmão, mas também laringe, êsofago e outros. Além disso, quem fuma está propenso a desenvolver outros tipos de doenças, como insuficiência vascular arterial; a doença pulmonar obstrutiva crônica (inclui bronquite crônica - estreitamento das vias aérea e paralisação da atividade dos cílios - e o enfisema - danos irreversíveis nos alvéolos); infarto; derrame etc.

Entre as substâncias do cigarro encontra-se metais como chumbo e cádmio; amônia; substâncias radioativas e monóxido de carbono, o mesmo gás expelido em escapamentos de automóveis, este toma o lugar do oxigênio no corpo do fumante.

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A reflexoterapeuta percebeu uma grande diferença na saúde depois de largar o cigarro, emagreceu e começou a respirar melhor. Já Sérgio diz que nunca procurou ajuda, mas pretende, "ouvi dizer de um tratamento pelo SUS no CHS".

Os tratamentos para a cura dessa dependência, de acordo com Dr. Claudio, são antidepressivos, além de outros medicamentos e tratamento psicológico. Existem locais que ajudam os dependentes, como hospitais públicos do SUS e a irmandade NA - Narcóticos Anônimos.



Elisabete Mazzer começou a fumar com 12 anos. Quer saber mais sobre a história dela com cigarro? Dá o play!




 
 
 

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