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Quem somos

"Estamos vivendo um momento no qual o culto pela jovialidade e beleza impera"

Até que ponto a preocupação com a aparência é saudável?

Imagem: signax.net.br

A busca excessiva pela beleza e o corpo perfeito são pensamentos que a mídia veicula a todo tempo, acaba impondo um padrão estético. Esses esteriótipos interferem na vida da população, que cada vez mais dedica seu tempo à tratamentos, cirurgias, cremes que prometem milagres e exercícios físicos.

Segundo a esteticista Mariana Tintino, 54 anos, as pessoas estão exagerando e cultuando um 'corpo perfeito', "no Brasil, mais de 50% das cirurgias plásticas são de cunho estético, e muitas destas cirurgias estão sendo feitas em adolescentes, ou seja, o corpo nem se desenvolveu ainda e já está sendo transformado. Isto não é normal, não é justo e impõe sofrimento".

Realizar alguns procedimentos estéticos é normal, vaidade que a maioria das pessoas têm, mas precisa haver um cuidado para isso não se tornar doença. "A preocupação excessiva com o corpo pode ser um problema conhecido como Transtorno Dismórfico. É uma doença que consiste na insatisfação do paciente pelo seu corpo, que se julga muito feio ou deformado. Isso leva o paciente a realizar inúmeras cirurgias plásticas desnecessárias", diz a psicóloga e sexóloga Giane Nucci, 31 anos.

Giane alerta que é preciso cuidado com

os tratamentos estéticos. (Foto: arquivo pessoal)


De acordo com Giane, as doenças mais relacionadas a esse Transtorno são a Anorexia e Bulimia - a busca incessante pela magreza-, a vigorexia - compulsão por atividades físicas-, a Tanorexia - compulsão por bronzeamento- e a Dismorfobia, ou Complexo de Quasímodo, que é a dependência por tratamentos e intervenções estéticas. Uma pesquisa da USP revela que esse distúrbio atinge 14% das pessoas que jáfizeram ou pensar em fazer intervenções, e pode causar depressão.

A praticante de Jíu Jitsu e estudante de Educação Física, Giovanna Eburneo, de 17 anos, conta que é vaidosa e sempre que pode faz algum tratamento, que vai desde limpeza de pele à aplicação de enzimas, "faço algo toda semana. Tenho um patrocínio de uma clínica estética que me ajuda, como trabalho com a divulgação da mesma, toda semana estou lá fazendo algum. Geralmente faço mais carboxiterapia, pois devido ao aumento e redução de peso em pouco tempo, por causa dos treinos, aparecem mais estrias".

A estudante afirma que tudo o que faz

é adequado à sua idade. (Foto: arquivo pessoal)

Giovanna conta que, por perceber resultados nos tratamentos, acabou ficando dependente. Apesar disso, ela diz que não procuraria tratamento, pois não é algo que atrapalhe sua rotina: "enquanto eu puder fazer eu faço, não seria algo tão extremo na minha vida a ponto de procurar um médico".

A esteticista relata que os exageros estão muito presentes "hoje em dia, quem pode ter certeza sobre cor dos olhos, tamanho dos seios, bumbum, barriga ou cabelos de alguém? Tira gordura daqui, enxerta ali...obsessivamente preocupadas com a beleza".


Mudança de valores

"Estamos vivendo um momento no qual o culto pela jovialidade e beleza impera. Antigamente, observávamos que o velho tinha um papel fundamental nas famílias e na sociedade, época em que os valores e conceitos eram transmitidos de geração para geração e a sabedoria, assim como as rugas, era respeitada", diz Giane.

Para a psicóloga, hoje os valores são outros e a beleza e o frescor dos poucos anos precisam ser mantidos custe o que custar. As pessoas se submetem à tratamentos invasivos e dolorosos para se sentirem bonitas. Isso, também, por questão de autoestima. As propagandas estipulam um padrão que a maioria não consegue alcançar, por isso se sente inferior e tende a buscar a adequação a este padrão.

"A gente precisa cuidar da nossa beleza, porque isso também é um gesto de responsabilidade com nossa saúde. Esta beleza é sinônimo de saúde na medida em que você cuida do seu corpo, mas também cuida do seu espírito, da sua alma, do seu psicológico. Eu acredito que o equilíbrio é possível na medida em que você toma a consciência de que o essencial não é a estética", comenta Mariana.


Para saber mais sobre o distúrbio e possíveis tratamentos entre em contato com Giane pelo site: http://www.psicologiasorocaba.com.br/



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